quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Compartilhando o amor !




Compartilhando o amor !

Joguei meus escudos fora
No jogo da vida; Quero vida real!
QUERO DIZE LHE QUEM SOU EU!
Você se revelaria para mim?

Padrões de comportamentos
Se reviram dentro de nos
Desatemos os nós

Deixemos por hora a crianças que nos habitam
ganharem espaço. Ganharem vidas
Com sabedoria brinquemos com nossos filhos
Pulando corda, saltando pipa

Saibamos lidar com a vida
Quando de mim se aproxima dominado pelo ego
Pode ser meu Paizinho
Se com maturidade me aconselhar
Te escutarei, te obedecerei
Guie-me




E quando o inverso acontecer
Sua mãezinha sendo eu
Contarei-lhe lindas historias
Darei-lhe colo
Buscarei iluminas teus sonhos

E no estantes
Que como adultos nos encontramos
Que saibamos
Seguir juntos, igualando sonhos
Respeitar desejos
Construir privacidades
Sem abdicar das nossas singularidades
Assumindo a responsabilidade com propriedade
Pela sua própria felicidade.
                Margareth Cunha

 

A Falência do Prazer e do Amor

 Fernando Pessoa 

Beber a vida num trago, e nesse trago
Tôdas as sensações que a vida dá
Em tôdas as suas formas [...]
Dantes eu queria

Embeber-me nas árvores, nas flôres,
Sonhar nas rochas, mares, solidões.

Hoje não, fujo dessa idéia louca:
Tudo o que me aproxima do mistério
Confrange-me de horror. Quero hoje apenas
Sensações, muitas, muitas sensações,
De tudo, de todos neste mundo - humanas,
Não outras de delírios panteístas
Mas sim perpétuos choques de prazer
Mudando sempre,
Guardando forte a personalidade
Para sintetizá-las num sentir.

Quero
Quero afogar em bulício, em luz, em vozes,
- Tumultuárias [cousas] usuais -
O sentimento da desolação
Que me enche e me avassala.
Folgaria

De encher num dia, [...] nu trago,
A medida dos vícios, inda mesmo
Que fôsse condenado eternamente -
Loucura! - ao tal inferno,
A um inferno real.

II

Alegres camponeses, raparigas alegres e ditosas,
Como me amarga n'alma essa alegria!

Nem em criança ser predestinado,
Alegre eu era assim; no meu brincar,
Nas minhas ilusões da infância, eu punha
O mal da minha predestinação.

Acabemos com esta vida assim!
Acabemos! o modo pouco importa!
Sofrer mais já não posso. Pois verei -
Eu, Fausto - aquêles que não sentem bem
Tôda a extensão da felicidade,
Gozá-la?
Ferve a revolta em mim

Contra a causa da vida que me fêz
Qual sou. E morrerei e deixarei
Neste mundo isto apenas: uma vida
Só prazer e só gozo, só amor,
Só inconsciência em estéril pensamento
E desprêzo [...]
Mas eu como entrarei naquela vida?
Eu não nasci para ela...



COMO SE COMPARTILHA O AMOR?

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